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Este blog está a ser desenvolvido por alunos do 3º Ano de Farmácia, do Instituto Politécnico de Bragança, no âmbito da Unidade Curricular Farmacoterapia I. Neste espaço pretendemos abordar, ao longo do semestre, informação útil acerca de Infecções Fúngicas, nomeadamente as suas caracterizações patológicas e respectivos tratamentos farmacológicos.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Bibliografia

Bibliografia

PFALLER, Michael A., ROSENTHAL, Ken S., MURRAY, Patrick R., Microbiologia Médica, Elsevier Editora Lda, 2006, Tradução 5ª Edição
HARDMAN, Joel G., LIMBIRD, Lee E., Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica, Editora Mc Graw Hill, 10ª Edição


Netgrafia

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Criptococose

Caracterização

A Criptococose é uma zoonose oportunista, causada por uma levedura capsulada, sendo encontrada em solo, frutos e vegetais em decomposição, apresentado como reservatórios as fezes das aves, principalmente pombos, e raramente morcegos.

É uma micose causada pelo Cryptococcus neoformans é a mais comum. É uma infecção fúngica sistémica, predominantemente oportunista, a qual possui tropismo pelo sistema nervoso central (SNC), respiratório e tegumentar (pele). O comprometimento da resposta imune é o principal factor predisponente para a ocorrência da doença, sendo os pacientes com doenças imunodepressoras como a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), neoplasias linfoproliferativas ou sarcomas, sob tratamentos imunossupressores ou transplantados, são mais susceptíveis à doença.

Este fungo está presente nas fezes de aves contaminadas. Quando secas, as fezes das aves transformam-se em pó, que pode ser inalado acidentalmente. A infecção, tanto para o ser humano quanto para os animais, dá-se pela inalação do agente infeccioso, que, na natureza, existe principalmente em fezes de pombos. O simples contacto com animais doentes não apresenta riscos, já que o microrganismo não forma aerossóis nos tecidos infectados.


Etiologia

A principal fonte de infecção da Criptococose é através das fezes de pássaros (pombos) e morcegos, através da via aerógena (inalação do pó). Os animais susceptíveis ao contágio dessa doença são os bovinos, caprinos, ovinos, cães, gatos, primatas, ou seja, os animais imunossuprimidos são os mais afectados. Os factores que estão associados à criptococose em animais são: debilidade, desnutrição, uso prolongado de corticóides e certas infecções virais. Ainda não se conhece casos de transmissão animal-animal, animal-homem ou homem-homem. Quanto mais excremento ressecado e pulverizado no ambiente, maiores a probabilidade do homem apresentar a doença. Um forro empoeirado de uma casa frequentado por pombos, é um ambiente muito insalubre repleto de microrganismos patogénicos inaláveis.

Após sua transmissão o agente penetra no organismo, ocorre um foco no pulmão (infecção primária do sistema respiratório). Em seguida, por disseminação via hematógena (sanguínea), ocorrem focos nas meninges e no cérebro. Também podem ocorrem focos na pele, mucosas, ossos e outros órgãos. A mortalidade em humanos é de 12%.

A patogenia causada por este fungo vai depender de factores divididos em dois grupos: um que está relacionado com as características do estabelecimento da infecção e capacitação de sobrevivência no hospedeiro, e o segundo, está relacionado aos factores de virulência, refletindo no grau de patogenicidade.


Sinais e sintomas

Por se tratar de uma micose sistémica profunda, seu quadro clínico pode variar conforme o órgão acometido. Quando o fungo atinge os pulmões, podem ocorrer três evoluções distintas – pode haver recuperação do organismo sem intervenção medica, - a doença pode ficar localizada nos pulmões, - ou pode disseminar para os demais órgãos.


Nos homens apresenta febre, dor torácica, pálpebras e abcessos na pele, com posterior ulceração, dor de cabeça, rigidez na nuca, distúrbios visuais, meningite.



Nas aves não há presença de sintomatologia, não causa doença nesses animais, na maioria das vezes, devido à alta temperatura corporal das aves, a qual inibe o crescimento da levedura e da baixa capacidade de invasão sistémica do fungo nessas espécies.

     

 Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico pode ser feito através de vários testes laboratoriais, como cultura de sangue, de líquido cefalorraquidiano(LCR) ou de outro material clínico, para detectar antígeneos criptocócitos.

Uma vez diagnosticada, o tratamento é iniciado com anfotericina B mais flucitosina activamente, durante duas semanas (terapia de indução), seguidas de consolidação durante oito semanas com fluconazol oral ou itraconazol. Os pacientes com SIDA geralmente exigem terapia de manutenção por toda a vida, com uma dessas duas drogas. Em pacientes não imunodeprimidos, tratamento pode ser suspenso após a terapia de consolidação


 Controle

Uma das principais estratégias é o controle dos pombos, uma medida de prevenção é humidificar os locais onde há enormes acúmulos de fezes de pombos, para evitar que o fungo se disperse por aerossol. Não há necessidade de notificação e de isolamento dos doentes.

Candidíase

Caracterização


Candidíase é o nome que se dá a infecção fúngica (micose) causado pelas espécies de Candida. Já está comprovado que as espécies de Candida constituem o grupo mais importante de patógenos fúngicos oportunistas.


Embora mais de 100 espécies de Candida já tenham sido descritas, apenas algumas têm sido implicadas em infecções clínicas, como, por exemplo, C.albicans, C.glabrata e C.tropicalis.


 Origem


A espécie mais comum do fungo Candida é a Candida albicans, considerado um membro normal da flora gastrointestinal e geniturinário dos humanos. A maioria das pessoas são colonizadas por Candida e nenhum sintoma apresentam. Porém, qualquer desequilíbrio na flora local ou no estado imunológico do paciente pode levar esse fungo a se proliferar e invadir tecidos, causando assim a candidíase. Portanto, ter Candida é diferente de ter candidíase, a doença causada pelo fungo Candida.


Até 50% das pessoas saudáveis têm o fungo Candida na cavidade oral.


Candida são colonizadoras conhecidas do homem e de outros animais de sangue quente e, como tal são encontradas no homem e na natureza em todo o mundo. o principal sítio de colonização é o trato gastrointestinal, desde a boca até ao reto. Esses organismos também podem ser encontrados como comensais na vagina e na uretra, na pele e sob as unhas das mãos e dos pés.

 
Sintomas clínicos


As infecções causadas por Candida spp. variam desde a candidíase superficial mucosa e cutânea até a disseminação hematogénica muito extensa, envolvendo órgãos-alvo como o fígado, baço, rins, coração e cérebro. Neste último caso, a mortalidade directamente atribuível ao processo infeccioso chega a 50%.

 
Infecções mucosas


As infecções mucosas causadas por Candida spp. (conhecidas como “sapinhos”) podem limitar-se à orofaringe ou estender-se ao esófago e todo o tracto gastrointestinal.

Nas mulheres, a mucosa vaginal constitui também um sítio comum de infecção.

As infecções são observadas geralmente em pessoas com imunossupressão local ou generalizada ou nos ambientes que favorecem o crescimento exagerado dos organismos infecciosos.

Candidíase mucosa oral
Essas infecções apresentam-se normalmente com manchas brancas na superfície mucosa. Outras apresentações incluem o tipo pseudomembranoso, que revela uma superfície que sangra quando arranhada: o tipo eritematoso, representado por áreas planas, avermelhadas e ocasionalmente dolorosas; a leucoplasia por Candida, que é o espessamento esbranquiçado e irremovível do epitélio, causada por Candida spp. e a quelite angular, representada por fissuras dolorosas nos cantos da boca.


Infecções cutâneas

Candidíase cutânea membrana
dos dedos dos pés


Candida spp. pode provocar infecção cutânea localizada em áreas nas quais a superfície da pele é ocluída e húmida (ex.: virilhas, axilas, membranas dos dedos dos pés e dobras dos seios). Essas infecções apresentam-se como um exantema prurítico com lesões vesiculopustulares eritmatosas.




Infecções mucocutâneas

A candidíase mucocutânea crónica é um quadro raro marcado por uma deficiência na capacidade de resposta dos linfócitos T à Candida spp. Nestes casos os pacientes sofrem de lesões mucocutâneas graves e irreversíveis causadas por Candida que incluem o envolvimento das unhas e a vaginite. Lesões como estas podem tornar-se significativamente extensas, chegando a uma aparência granulomatosa desfigurante.



Infecções do tracto urinário

O envolvimento do tracto urinário com Candida spp. varia desde a colonização assintomática da bexiga até abcessos renais secundários à disseminação hematogénica. A colonização da bexiga por Candida spp. não é essencialmente notada, a menos que um paciente precise de usar um cateter de longa permanência, tenha diabetes, sofra de obstrução urinária ou tenha passado por procedimentos urinários anteriores.



Infecções do Sistema Nervoso Central (SNC)


A candidíase no SNC pode ocorrer como resultado da doença hematogénica ou estar associada a procedimentos neurocirúrgicos e desvios ventriculoperitoneais. Esse processo pode imitar um quadro de meningite bacteriana, ou então apresentar-se como um curso indolente ou crónico.



Infecções de envolvimento cardíaco

A maioria dos casos de envolvimento cardíaco com Candida spp. resulta da colonização hematogénica de uma válvula cardíaca danificada ou protética, do miocárdio ou do espaço pericárdico. A literatura já informa casos de implantação de válvulas cardíacas contaminadas com C. parapsilosis.

A sua apresentação clínica assemelha-se muito à endocardite bacteriana, com febre e sopro cardíaco.



Infecções hematogénicas


Os pacientes com candidíase hematogénica demonstram envolvimento frequente dos olhos, manifestando quadros de coriorrenite e endoftalmite. Por esta razão topos os pacientes em risco de candidémia deverão passar por exames oftálmicos cuidadosos e frequentes.


Diagnóstico

O diagnóstico de candidíase faz-se laboratorialmente através de vários exames microscópicos, envolve a busca de material clínico apropriado, seguida de exame microscópico directo e da cultura.


Tratamento

Há várias opções de tratamento para candidíase. As infecções mucosas e cutâneas podem ser tratadas com vários cremes tópicos diferentes, loções, pomadas e supositórios contendo vários agentes antifúngicos à base de azóis. A terapia sistémica oral dessas infecções também pode ser feita com fluconazol ou cm iraconazol.


Prevenção


Como ocorre na maioria das doenças infecciosas, a prevenção é a opção preferida ao tratamento de uma infecção por Candida instalada. Para isso, é obrigatório: evitar o uso de agentes antimicrobianos de amplo espectro; cuidados meticulosos com os cateteres e obediência rigorosa às precauções de controlo de infecções.



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Micoses Cutâneas

Onicomicoses

A onicomicose é uma infecção que atinge as unhas, causada por fungos.  As fontes de infecção podem ser o solo, animais, outras pessoas ou objectos contaminados. As unhas mais comumente afetadas são as dos pés, pois o ambiente húmido, escuro e aquecido, encontrado dentro do calçado fechado, favorece o seu crescimento. Além disso, a queratina, substância que forma as unhas, é o "alimento" dos fungos.

  • Sintomatologia

Existem várias formas de manifestação das onicomicoses. Veja abaixo alguns dos tipos mais frequentes:   

  • Descolamento da borda livre:  a unha descola do seu leito, geralmente iniciando pelos cantos e fica ôca. Pode haver acumulação de material sob a unha. É a forma mais frequente.  
  • Espessamento:  as unhas aumentam de espessura, ficando endurecidas e grossas. Esta forma, pode ser acompanhada de dor e levar ao aspecto de "unha em telha" ou "unha de gavião".
  • Leuconíquia:  manchas brancas na superfície da unha.  
  • Destruição e deformidades:  a unha fica frágil, quebradiça e ficando deformada. 
  • Paroníquia ("unheiro"):  o contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por consequência, altera a formação da unha, que cresce ondulada e com alterações da superfície.
  • Paroníquia ("unheiro"):  o contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por consequência, altera a formação da unha, que cresce ondulada e com alterações da superfície.
Manifestação dos vários tipos de onicomicoses

  • Diagnóstico

O exame mais utilizado para confirmar a infecção, num paciente com quadro sugestivo, consiste na raspagem da unha acometida e exame do material por microscopia após adição de hidróxido de potássio a 10% ou a 20% e o isolamento dos organismos em cultura.


  • Tratamento

Os medicamentos utilizados para o tratamento podem ser de uso local, sob a forma de cremes, soluções ou vernizes. Casos mais avançados podem necessitar de tratamento via oral, sob a forma de comprimidos. Os sinais de melhora demoram a aparecer, pois dependem do crescimento da unha, que é muito lento. As unhas dos pés podem levar cerca de 12 meses para se renovar totalmente e o tratamento deve ser mantido durante todo este tempo. A persistência é fundamental para o sucesso do tratamento.  

Micoses Cutâneas

Dermatofitose

As dermatofitoses, ou tinhas, são micoses superficiais provocadas por fungos queratinofílicos chamados dermatófitos, que englobam os géneros Epidermophyton,  Microsporum e Trycophyton. Os dermatófitos são fungos filamentosos, que formam hifas organizadas em micélios. Alimentam-se da proteína humana queratina. Infectam os tecidos superficiais constituídos por células mortas e queratinizadas, como as da pele,  pêlos  (incluindo cabelo) e unhas, mas não afectam os tecidos vivos.

Há três géneros relacionados de dermatófitos:
1.   Trichophyton: as espécies mais importantes são T. Tonsurans,  T. Mentagrophytes,  T. Rubrum e T. Shoenleinii.
2.   Microsporum: as espécies mais frequentes são M. Audouinii,  M. Canis,  M. Gypseum.
3.   Epidermophyton:  E. Floccosum.

  • Sintomatologia


As dermatofitoses manifestam uma ampla variedade de apresentações clínicas, que podem ser afectadas por factores como as espécies de dermatófitos, a quantidade de inóculo, o local da infecção e a condição imune do hospedeiro. Qualquer manifestção patológica pode resultar de várias espécies de dermatófitos.

1.   A Tinea corporis: afecta a pele sem pêlos do corpo. É a que possui mais incidência, sobretudo nas pessoas mais obesas. Causada pelos fungos M. Canis ouT.mentagrophytes.
2.   A Tinea pedis  (o vulgar "pé-de-atleta"), caracterizada por lesões vesiculosas a nível dos espaços interdigitais ou lesões com escamação nas regiões plantares do pé. Causada pelas espécies T.rubrum,  T.mentagrophytes ou E.floccosum.
3.   A Tinea Cruris, caracterizada por lesões eritemato-escamosas (vermelhas) a nível das regiões inguinais (zona dos genitais).
4.   A Tinea unguium: tinha das unhas, pode ser causada por quase todas as espécies de dermatófitos e as lesões apresentam um aspecto variável, desde simples manchas esbranquiçadas a espessamentos com destruição da lâmina externa da unha e hiperqueratose subungueal (unha amarela grossa).
5.   A Tinea barbae é causada por agentes dermatófitos zoofílicos (de animais) e a sua incidência, além de baixa é quase exclusiva de meios rurais. As lesões são localizadas na face, na zona com barba e podem ser superficiais (anulares com bordos vesiculo-pustulosos) ou profundas (massas nodulares infiltradas de cor vermelho-arroxeada).
6.   As Tinea capitis tem como agente etiológico T. Schoenleinii surge em qualquer idade e é caracterizada pelo aparecimento de placas escamo-crostosas de cor amarelada, em forma de favo e com o "cheiro a rato". Leva à queda do cabelo e pelada definitiva.
7.   A Tinea tonsurante tricofítica tem como agentes T. Tonsurans,  T. Violaceum e T. Rubrum, e é caracterizada pelo aparecimento de muitas mas pequenas placas onde o cabelo cai (as placas contêm os cotos do cabelo tonsurado). Estes voltarão a crescer, pois a tinha evolui para a cura espontânea, normalmente na puberdade, embora possa vir a persistir no adulto.
8.   A Tinea tonsurante microscópica tem como agentes M. Canis e M. Audouini, e surge de uma forma muito contagiosa, principalmente nos jovens. É caracterizada pelo aparecimento de placas grandes e de limites circulares, ao nível das quais a tonsura é total. Cura espontaneamente na puberdade sem deixar vestígios.

  • Diagnóstico


O diagnóstico laboratorial das dermatofitoses conta com a demonstração das hifas fúngicas pela microscopia directa de amostras de pele, cabelo, ou unha e o isolamento dos organismos em cultura.

  • Tratamento

As infecções dermatofíticas que são localizadas e não afectam o pêlo ou as unhas, em geral, podem ser tratadas efectivamente com agentes tópicos; todos as outras requerem terapia oral. Os agentes tópicos incluem azóis (miconazol, clotrimazol, econazol, tioconazol, e itraconazol), terbinafina e haloprogina. A pomada de Whitfield (ácido benzóico e salicílico) é um óptimo agente contra dermatofitoses, porém a resposta é, em geral, mais lenta do que com agentes antifúngicos específicos.
Os agentes antifúngicos orais com actividade sistémica contra dermatófitos incluem griseofulvina, itraconazol, fluconazol e terbinafina. Os azóis e a terbinafina são mais rápidos e amplamente eficazes que a griseofulvina.

Micoses Superficiais

Piedra Negra

A Piedra negra é uma infecção superficial do pêlo, o agente causal desta patologia é Piedraia hortae. Este organismo é bastante incomum e tem sido reportada em áreas tropicais da América Latina e África Central. O seu desenvolvimento está directamente relacionado com a falta de higiene.

  • Sintomatologia

Manifestação de Piedra negra
Esta patologia apresenta-se como pequenos nódulos negros que ficam em torno do da haste do pêlo. É assintomática e envolve, geralmente, os pêlos do couro cabeludo. A massa das hifas é presa por uma substância semelhante ao cimento e contém ascos e ascósporos.

  • Diagnóstico

O exame do nódulo revela hifas pigmentadas e ramificadas presas por uma substância semelhante ao cimento. O fungo P. hortae pode ser cultivado em meio micológico de rotina.

Visualização microscópica de P. hortae

  • Tratamento

O tratamento da piedra negra é facilmente feito por um corte de cabelo e lavagens regulares.

Micoses Superficiais

Piedra Branca

A Piedra branca é uma infecção superficial do pêlo, causada pelos fungos leveduriformes do género Trichosporon: T. inkin, T. beigelli ou T. mucoides. É caracterizada pela formação de nódulos em volta do cabelo de cor clara e consistência macia. Ocorre principalmente em regiões tropicais e sbtropicais e está directamente relacionada com a falta de higiene.

  • Sintomatologia

Esta patologia afecta os pêlos das virilhas e das axilas, o fungo fica em redor da haste do pêlo e forma um nódulo branco a castanho ao longo do fio de cabelo. Os nódulos são macios e pastosos e podem ser facilmente removidos se forem puxados em direcção à ponta do fio de cabelo. Esta infecção não danifica a haste do pêlo.

  • Diagnóstico

Após a realização do exame microscópico, se este revelar hifas, artroconídios e /ou leveduras com brotamento, o pêlo infectado deve ser colocado em meio micológico sem cicloeximida (a cicloeximida inibe o Trichosporon spp.). O Trichosporon spp. forma colónias enrugadas, secas e de coloração creme, após 48 a 72 horas de incubação á temperatura ambiente. As várias espécies de Trichosporon podem ser identificadas da mesma maneira com outros isolados de leveduras.  
  
Visualização microscópica de Trichosporon spp

  • Tratamento

O tratamento pode ser realizado com azóis para aplicação tópica. Apesar da melhoria nos hábitos de higiene e a depilação do pêlo infectado refutar a necessidade de tratamento clínico.